The Lurker ainda no Rio (ou de onde menos se espera...)
Saindo da Casa da Ciência, local onde se realizava o seminário, entrei no shopping Rio sul e vi de relance uma pessoa que acreditei ser uma velha amiga, colega de universidade (uma pessoa simpática apesar de louca). Vinha em sentido contrário falando com um cavalheiro de, talvez, seus 40 em alguns anos. Expressava-se em francês, o que conhecendo-a não era necessariamente de se estranhar: filha de diplomata e tendo vivido no exterior nada mais razoável do que falasse um outro idioma. Não seria nem mesmo de se estranhar que tivesse aprendido árabe, dado que morou no Egito.
O tom da conversa não parecia necessariamente o mais tranqüilo. Isso também não é de se estranhar tendo em vista que o seu temperamento nunca foi muito calmo. Tive vontade de me aproximar e falar-lhe. Contudo o assunto parecia sério e achei melhor deixar passar. A curiosidade porém não me abandonou: o que fazia minha amiga falando com o francês? E porque estaria tão aborrecida (se é que estava aborrecida)?
Novamente vamos recorrer às maravilhas da tecnologia. Uma rápida busca na Internet mostra que ela se casou no início deste ano ou no final do passado, com um cavalheiro francês. Não tenho a menor idéia se seria aquele mas, com efeito, é uma possibilidade. No fim das contas achei o episódio bastante engraçado. Faz lembrar de outro encontro, absolutamente impensável, que tive com um amigo de muitos anos numa noite no aeroporto de Guarulhos, antes de uma viagem a NY. Quem poderia imaginar encontrar pessoas conhecidas em circunstâncias tão inesperadas?
The Lurker says: "I am not young enough to know everything." -- Oscar Wilde
agosto 27, 2003
agosto 26, 2003
The Lurker e a tecnologia da voz (ou de que adianta a velocidade, se você não tem nada a dizer?)
Finalmente rendi-me à tecnologia dos comandos de voz e adquiri um Via Voice da IBM. Confesso que tenho achado o programa bem eficiente, apesar de que muitas vezes é frustrante conseguir convencê-lo a aceitar os termos constantes de meu vocabulário. Além disso, ele tem o péssimo hábito de não aceitar as concordâncias como as faço, além de incluir artigos e pronomes sem ser solicitado. Apesar disso, minha tendinite e agradece, e muito, ter somente que corrigir o texto digitado ou ter que incluir uma eventual palavra que o limitado conjunto de informações existentes ou melhor, inexistentes em seu banco de dados desconheça.
Outra característica que reputo muito interessante é a capacidade do aplicativos em ler textos a partir de informações escritas. Por exemplo, posso pedir que ele leia um documento escrito por mim. É interessante, pois posso ouvir o texto escrito enquanto faço alguma outra coisa. Funciona como se alguém estivesse fazendo uma crítica para mim. Acredito inclusive que venha a contribuir para a melhoria de minha dicção, tendo em vista a necessidade de que pronuncie as palavras de maneira mais ou menos uniforme para garantir a qualidade da interpretação feita pelo sistema.
Os comandos de voz são eficientes, a interface IBM, como sempre é pouco amigável mais isso é superável. Talvez pouco amigável seja exagero, afinal conseguiu passar por todo o processo de que configuração em um período de menos de 1 hora, incluindo-se aí também o processo de ensino ao sistema para que reconheça minha voz. Em resumo, ainda tem muito que mas até o momento me agrada bastante, à exceção talvez a dos comandos diretos de voz que são tanto complexos para memorização.
The Lurker Says: “A horse may be coaxed to drink, but a pencil must be lead.” --Stan Laurel
And says it over (because it´s funny and sadly true, in a way) “Women and cats will do as they please, and men and dogs should relax and get used to the idea.” --Robert A. Heinlein
Finalmente rendi-me à tecnologia dos comandos de voz e adquiri um Via Voice da IBM. Confesso que tenho achado o programa bem eficiente, apesar de que muitas vezes é frustrante conseguir convencê-lo a aceitar os termos constantes de meu vocabulário. Além disso, ele tem o péssimo hábito de não aceitar as concordâncias como as faço, além de incluir artigos e pronomes sem ser solicitado. Apesar disso, minha tendinite e agradece, e muito, ter somente que corrigir o texto digitado ou ter que incluir uma eventual palavra que o limitado conjunto de informações existentes ou melhor, inexistentes em seu banco de dados desconheça.
Outra característica que reputo muito interessante é a capacidade do aplicativos em ler textos a partir de informações escritas. Por exemplo, posso pedir que ele leia um documento escrito por mim. É interessante, pois posso ouvir o texto escrito enquanto faço alguma outra coisa. Funciona como se alguém estivesse fazendo uma crítica para mim. Acredito inclusive que venha a contribuir para a melhoria de minha dicção, tendo em vista a necessidade de que pronuncie as palavras de maneira mais ou menos uniforme para garantir a qualidade da interpretação feita pelo sistema.
Os comandos de voz são eficientes, a interface IBM, como sempre é pouco amigável mais isso é superável. Talvez pouco amigável seja exagero, afinal conseguiu passar por todo o processo de que configuração em um período de menos de 1 hora, incluindo-se aí também o processo de ensino ao sistema para que reconheça minha voz. Em resumo, ainda tem muito que mas até o momento me agrada bastante, à exceção talvez a dos comandos diretos de voz que são tanto complexos para memorização.
The Lurker Says: “A horse may be coaxed to drink, but a pencil must be lead.” --Stan Laurel
And says it over (because it´s funny and sadly true, in a way) “Women and cats will do as they please, and men and dogs should relax and get used to the idea.” --Robert A. Heinlein
The LurKer warp zone (ou Beam me up, Scotty)
Bem, aqui estou eu de volta ao Rio, desta vez para uma conferência sobre políticas públicas em avaliação. Mais ou menos... a rigor somente duas das quatro palestras são realmente interessantes – uma por um professor americano e outra por um fancês. Foi bom para dar um lustro no ouvido, já que fazia tempo que não tratava nada na língua gaulesa. Mas o quente, para valer, foram os contatos que andei fazendo com o pessoal de Belo Horizonte e Juiz de Fora. Este último deve rimar com umas discussões muito interessantes para a tese, através de um sociólogo que trabalha por lá. Estamos inclusive com a idéia de fazer um encontro para discutir aspectos de nossos trabalhos que são um tanto complementares e juntar mais uma turma de pesos pesados nesta conversa. Só isso já valeu a viagem.
Enquanto isso em Gotham City... os contratos da equipe vem e vão. Na quinta-feira sou arrancado da palestra no final da tarde porque nosso gerente executivo devolveu os contratos de todo mundo para atualização do PHF. Corri de volta ao hotel para assinar tudo eletronicamente e devolver a ele com as correções pedidas. Na sexta à tarde liga-me minha assistente para dizer que um currículo, justamente aquele que negociei com o pessoal da área de contratos para que tivesse um salário um pouco melhor (vocês leram isso a algum tempo) foi devolvido por “inadequação da experiência ao salário pretendido”. Toca sair correndo para ligar para o pessoal e lembrar do que já havia sido acordado. E a falha não foi deles: o memorando que esclarecia tudo não chegou em tempo. Alguém entendeu que o contrato iria em papel, quando na realidade foi pela intranet. O principal é que pelo menos até agora vou conseguir manter minha palavra com o rapaz, apesar de quase terem botado ele para correr por causa de salário.
Quanto a isto é engraçado notar que a outra equipe (de pesquisa) acabou justamente de perder um bom estatístico (se bem que há quem diga que estatístico bom é estatístico morto :-) e bem treinado justamente por inabilidade de negociar o contrato. Como penalidade, tiveram que contratar um novo e isso ficou quase 30% mais caro. Para quem, como eles, anda curto de grana, foi um movimento nada interessante.
Em tempo: em sua próxima viagem não se assuste se tendo recebido sua passagem TAM e feito seu check in nesta companhia, você embarcar com uma equipe de terra e em uma aeronave Varig.
The Lurker Says: "Support bacteria. They're the only culture some people have."
Bem, aqui estou eu de volta ao Rio, desta vez para uma conferência sobre políticas públicas em avaliação. Mais ou menos... a rigor somente duas das quatro palestras são realmente interessantes – uma por um professor americano e outra por um fancês. Foi bom para dar um lustro no ouvido, já que fazia tempo que não tratava nada na língua gaulesa. Mas o quente, para valer, foram os contatos que andei fazendo com o pessoal de Belo Horizonte e Juiz de Fora. Este último deve rimar com umas discussões muito interessantes para a tese, através de um sociólogo que trabalha por lá. Estamos inclusive com a idéia de fazer um encontro para discutir aspectos de nossos trabalhos que são um tanto complementares e juntar mais uma turma de pesos pesados nesta conversa. Só isso já valeu a viagem.
Enquanto isso em Gotham City... os contratos da equipe vem e vão. Na quinta-feira sou arrancado da palestra no final da tarde porque nosso gerente executivo devolveu os contratos de todo mundo para atualização do PHF. Corri de volta ao hotel para assinar tudo eletronicamente e devolver a ele com as correções pedidas. Na sexta à tarde liga-me minha assistente para dizer que um currículo, justamente aquele que negociei com o pessoal da área de contratos para que tivesse um salário um pouco melhor (vocês leram isso a algum tempo) foi devolvido por “inadequação da experiência ao salário pretendido”. Toca sair correndo para ligar para o pessoal e lembrar do que já havia sido acordado. E a falha não foi deles: o memorando que esclarecia tudo não chegou em tempo. Alguém entendeu que o contrato iria em papel, quando na realidade foi pela intranet. O principal é que pelo menos até agora vou conseguir manter minha palavra com o rapaz, apesar de quase terem botado ele para correr por causa de salário.
Quanto a isto é engraçado notar que a outra equipe (de pesquisa) acabou justamente de perder um bom estatístico (se bem que há quem diga que estatístico bom é estatístico morto :-) e bem treinado justamente por inabilidade de negociar o contrato. Como penalidade, tiveram que contratar um novo e isso ficou quase 30% mais caro. Para quem, como eles, anda curto de grana, foi um movimento nada interessante.
Em tempo: em sua próxima viagem não se assuste se tendo recebido sua passagem TAM e feito seu check in nesta companhia, você embarcar com uma equipe de terra e em uma aeronave Varig.
The Lurker Says: "Support bacteria. They're the only culture some people have."
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